segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Capitulo 2, Cena 2




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            Jonas e Joe foram os primeiros a chegar na sala de aula no primeiro dia da segunda semana. Sentaram-se no lugar em que se sentavam desde o primeiro ano e ficaram conversando. Jonas não tinha contado a Joe e Tom sobre as gêmeas, afinal, eles nunca acreditariam. Naquele momento se lembrou do quanto foi estupido em não lembrar de pedir o número de telefone delas. Agora, teria que esperar um novo empurrãozinho do destino para encontrá-las novamente.
            Felizmente o destino estava disposto a ajudar.
            A Srta. Moore entrou na sala vestindo um belo casaco vermelho de couro, e junto com ela estavam as gêmeas. Os meninos babaram, as meninas ficaram com a mesma inveja de sempre. Mas pela beleza das gêmeas estavam certas em invejá-las, com certeza todos os garotos da escola cairiam aos pés delas.
            - Bom dia classe. Quero apresentar a vocês suas novas colegas. Elas chegaram na cidade há uma semana. – Disse a professora aos alunos. – Meninas podem se sentar. – Completou dizendo para as gêmeas.
            Todos os alunos acompanharam com os olhos o caminho das gêmeas aos seus lugares. Betty e Melissa se sentaram do lado oposto a entrada da sala de aula. Longe de Jonas e seus amigos. Talvez nem tivessem reparado em Jonas que ainda não acreditava naquilo.
            Quando chegou a hora do intervalo Jonas foi o primeiro a se levantar a sair da sala. Estava com pressa, ninguém sabia por que. Andou pelo corredor até chegar ao refeitório que ainda estava quase vazio. Pegou sua refeição e se sentou no banco mais escondido que encontrou. Queria ficar só, organizar seus pensamentos. Por sorte, ninguém o encontrou.
            Jonas foi o último a entrar na sala de aula, até a professora já havia chegado. Pediu licença e entrou. Olhou de relance para as gêmeas que o observavam e acenaram quando perceberam seu olhar. A Srta. Moore explicava algo sobre geografia mas Jonas não prestou atenção em nenhuma palavra.
            Tom e Joe já haviam desistido de Jonas, e quando acabou a aula foram embora e o deixaram para trás. Seus pensamentos foram interrompidos quando Melissa falou com ele.
            - Oi, está me ouvindo? – Melissa perguntou passando a mão de um lado ao outro em frente aos seus olhos.
            -Ah, sim... Desculpe, estou um pouco distraído hoje. –Jonas respondeu.
            - Um pouco? Você ficou assim a aula inteira. A professora até desistiu de te chamar. – Melissa disse e deu aquela sua bela risada. – Por que você está assim?
            - Não é nada, não se preocupe. Onde está sua irmã? Sempre vejo vocês juntas.
            - Ela já foi, teve que resolver alguns problemas. Vou ter que voltar sozinha para casa hoje. – Melissa disse meio triste.
            - Eu vou com você. Sua casa fica no caminho.
            Jonas e Melissa conversaram sobre tudo no caminho de volta para casa. Melissa contou a ele sobre o acidente em que seus pais morreram, e como ela e a irmã viviam desde então. Essa já era a terceira cidade que se mudavam depois do acidente. Mas dessa vez era para ficar. Melissa disse que ali em San José foi o lugar em que sua mãe nasceu, e que tinha uma missão para cumprir na cidade.
            Jonas deixou Melissa em casa e foi embora, estava encantado com sua simplicidade, e cada vez mais apaixonado pela sua beleza. Chegou em casa, subiu para o seu quarto e deitou em sua cama. Estava com os olhos fechados, pensando na mais bela garota que já tinha entrado em sua vida. Quando abriu os olhos, um susto.

            “Cuidado” era a palavra escrita em vermelho no teto, logo acima da sua cabeça. Jonas deu um pulo de susto da cama e quando voltou a olhar para cima as letras já não estavam mais no lugar onde estiveram. Jonas não sabia o que estava acontecendo, mas queria descobrir, tão rápido quanto pudesse.

Capitulo 2, Cena 1





            A primeira semana de aula terminou sem mais surpresas. Jonas tinha terminado de ler o livro já no quarto dia de aula, então, aproveitou o final de semana para se divertir com seus amigos. Estava com saudade disso.
            No sábado pela manhã, saíram para jogar futebol. Joe era goleiro e Jonas lateral. Eles jogavam no time do bairro, disputavam o primeiro jogo do campeonato de sua cidade. Não foram muito bem, perderam de três a um. A tarde, saíram para tomar sorvete e paquerar as meninas no shopping. Somente Tom e Joe gostavam dessa parte, Jonas ficava apenas observando e rindo dos colegas.
            Tom tinha saído atrás de uma garota e Joe logo correu atrás para conversar com sua amiga. Jonas estava na praça de alimentação, tomava um milk-shake de chocolate, como sempre fazia, mas sua rotina não se repetiu. Ouviu uma voz angelical que dizia:
            - Jonas? Podemos nos sentar aqui com você? – Disse Betty. Melissa estava ao seu lado, novamente vestia branco.
            - Claro, sentem-se. – Jonas se levantou e puxou uma cadeira para cada. Melissa se sentou do seu lado direito e Betty sentou-se a sua esquerda.
            - Todas as outras mesas estão cheias, ai vimos você sentado aqui, tão solitário. – Melissa falou
            - Na verdade meus amigos estão ali. – Jonas apontou mas eles já tinham saído, provavelmente atrás de outras garotas que passaram. – Enfim, tudo bem com vocês?
            - Estamos bem sim, falávamos de você agora a pouco. – Betty respondeu. Jonas ficou com as bochechas coradas.
            - E falavam bem? – Perguntou de cabeça baixa.
            - Isso depende da sua definição de bem. – Melissa disse e as duas começaram a rir. Jonas queria se afundar no oceano de tanta vergonha. As risadas das garotas só pararam quando o telefone de Jonas tocou. Era Tom.
            - Você não vai acreditar no que aconteceu. – Tom falou animado. “Nem você” pensou Jonas. – Vem aqui no cinema agora, parece que vamos mudar nossos planos e assistir “Um anjo em minha vida”.
            - Por que? Você era quem estava mais ansioso para ver “Ela chegou”. O que te fez mudar de comédia para romance? – Jonas perguntou sem entender.
            - Consegui companhia para nós três, e são LINDAS. Vem logo, o filme começa em alguns minutos.
            Jonas se despediu das gêmeas e foi se encontrar com os amigos. Não gostou do filme, nem da garota que Tom tinha o apresentado. Joe e Tom não saberiam dizer nem mesmo o nome do personagem principal do filme, mas saberiam dizer qual batom as meninas usavam. Quando o filme terminou foram para casa. A noite ainda começava a cair, a escuridão ainda não assustava ninguém. Ainda, mas logo assustaria.


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Capitulo 1, cena 3





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No terceiro dia de aula, Jonas não foi a escola. Acordou indisposto e com uma leve dor de cabeça. Levantou cedo, tomou um chá de camomila e voltou para a cama. Ligou para Joe e disse que não ia a aula. Seus pais saíram para trabalhar mais cedo do que ele acordava para ir a aula, como de costume.
            Jonas queria preparar naquele dia um almoço surpresa para sua mãe, e como sua cabeça ainda o incomodava um pouco, resolveu ir no mercado e já passar na farmácia para comprar um remédio. Vestiu seu casaco e saiu. Jonas já tinha dezessete anos mas seus pais não o deixavam dirigir. Julgavam ser muito perigoso, afinal tantas mortes aconteciam por acidentes na cidade. Jonas foi caminhando, primeiro para a farmácia que ficava duas quadras após a casa de Joe, e depois para o mercado que ficava alguns metros à frente.
            Ao chegar ao mercado Jonas pegou um carrinho de compras e começou a selecionar os ingredientes que usaria. Ele queria fazer um delicioso frango assado com verduras, era uma de suas especialidades e sua mãe adorava. Jonas sempre gostou de fazer compras, a maioria das vezes ia com os pais, mas também adorava ir ao mercado sozinho. Faltava apenas um ingrediente da receita, o requeijão. Esse era o seu segredo, não conta para ninguém. Foi na seção de frios para pega-lo e viu que só restava um. Levou a mão na prateleira mas antes de alcança-lo sentiu um toque quente em sua pele.
            Jonas não conhecia aquela garota, nunca a tinha visto ali no bairro.
            - Oh, me desculpe. – Ela disse envergonhada. – Pode pegá-lo. Acho que você viu primeiro.
            Ainda enfeitiçado com tamanha beleza, Jonas pegou o pote de requeijão e guardou no seu carrinho. Ao se virar novamente para conversar com a garota ela já tinha ido. Jonas a viu virando em um corredor e foi atrás dela.
            Quando Jonas entrou no corredor que antes a garota tinha entrado se assustou. “Então era verdade o que o Tom falou”, ele pensou. A menina que ele tinha visto antes usava uma camiseta branca, tinha os cabelos loiros, ao seu lado estava uma outra garota idêntica a ela, mas usava uma camiseta preta e tinha os cabelos negros. Jonas deu meia volta e se dirigiu ao caixa.
            Não tinham muitas pessoas na fila, e as que lá estavam não demoraram. Jonas começou a colocar suas compras no balcão quando ouviu a mesma voz de antes.
            - Oi, garoto do requeijão. – Ela disse.
            - Jonas... sou Jonas. – Ele respondeu.
            - Oi Jonas, sou Melissa. – Ela lhe estendeu a mão. – Essa é minha irmã, Betty. – Completou apontando para a garota que estava empurrando o carinho atrás dela. – Somos novas na cidade.
            - Sim, eu sei. Todos tem falado muito em vocês. – Jonas disse. Dessa vez Jonas teve tempo de reparar bem em Melissa. Tinha os cabelos longos, loiros e anelados. Os olhos azuis como o céu e os lábios vermelhos como o sangue. Ela era um pouco mais baixa que Jonas. Sua irmã gêmea, Betty, tinha os cabelos negros, igualmente anelados. Os olhos escuros e vazios, os lábios também eram vermelhos, porém com um tom mais sombrio. Eram idênticas, porém, muito diferentes.
            - São trinta e sete dólares e quarenta e oito centavos. – A moça do caixa falou.
            Jonas pagou suas compras com uma nota de cinquenta dólares, se despediu das garotas e foi embora. Pensava nas novas moradoras de sua cidade e imaginou se elas moravam sozinhas. Não pareciam sem muito mais velhas que ele.
            Ao chegar em casa preparou o delicioso frango com legumes. Quando sua mãe chegou ele explicou o que tinha acontecido e almoçaram juntos. Seu pai só chegava em casar para o jantar, então guardaram um grande pedaço para ele.
            Jonas subiu para o seu quarto e deitou em sua cama. Passou o resto do dia pensando em Melissa e Betty, não acreditava que pudessem ser tão lindas.

            A noite chegou e Jonas dessa vez foi deitar cedo. Queria estar bem descansado para o próximo dia de aula. Tomou o comprimido que o farmacêutico lhe recomendou, deitou em sua cama e apagou as luzes. Sonhou com o amor naquela noite, mas não saberia dizer como foi.

domingo, 10 de agosto de 2014

Capitulo 1, Cena 2


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A cidade em que Jonas morava não era uma metrópole, era uma cidade de interior. Ficava situada próximo a Sacramento onde ele faria sua faculdade. As pessoas normalmente saiam da cidade e poucas chegavam. Quando alguém se mudava para lá em pouco tempo a cidade inteira já sabia de sua história, ou pelo menos achavam isso. E assim foi quando duas jovens garotas chegaram em San José.
Era o segundo dia de aula e quando chegaram todos falavam do caminhão de mudanças que tinha chegado na cidade. As novas habitantes iriam se mudar para algumas quadras perto da casa de Joe que estava em êxtase com a notícia.
- Fiquei sabendo que elas são as maiores gatas. Nem mesmo a professora é mais bonita que elas. E o melhor, são gêmeas. – Ele dizia a Tom e Jonas.
- Vocês as viu? – Tom perguntou desconfiado.
- Não, mas o Clark me contou. Ele disse que sua prima passou em frente à casa delas hoje cedo e as viu organizando a mudança. – Joe respondeu meio envergonhado.
- O Clark é o maior mentiroso. Aposto que nem devem ser tão bonitas assim. Ninguém pode ser mais linda que a Srta. Moore. – Tom disse com os olhos brilhando.
Jonas não prestava atenção na conversa dos amigos. Tinha os pensamentos longe. Tinha passado quase a noite inteira lendo, se surpreendeu com o livro que achou ser tão monótono. Um pequeno trecho do livro o intrigava. “Cuidado leitor, eles estão mais próximo do que você imagina.” Estava esperando a professora chegar para perguntar sobre o significado daquilo. A explicação mais lógica é que seria uma brincadeira (de mal gosto) do autor do livro.
Quando a Srta. Moore entrou na sala os garotos suspiraram. Tom colocou os cotovelos sobre sua mesa de estudos e repousou seu queixo em suas mãos. Ele passava a aula inteira flertando com a nova professora. Jonas se levantou e foi até a professora antes que ela começasse a aula.
- Srta. Moore, com licença. – ele disse sem olhar nos olhos intimidantes da professora. – Eu comecei a ler o livro que você nos passou ontem e fiquei com uma pequena dúvida.
- Seu nome é Jonas, né? Qual sua dúvida garoto? – Ela perguntou.
- Tem uma frase, no capítulo quinze, página cento e dezessete, primeiro parágrafo. – Jonas disse a professora.
- Você leu tudo isso ontem? – A professora perguntou abrindo o livro na página que Jonas tinha falado. – Não precisa ter tanta pressa, vocês têm um mês para fazer esse trabalho. Mas então, me diga qual a sua dúvida. – Ela completou com o livro já aberto na página citada.
- Essa frase aqui... – Jonas procurou com os dedos mas não encontrou. – Está diferente no seu livro professora. Vou pegar o meu para te mostrar.
Jonas correu em sua cadeira e retirou o livro de dentro da sua mochila. Voltou com pressa para a professora que o aguardava inquieta, pois queria começar logo a aula. Colocou o livro que era exatamente igual ao da professora em cima da mesa e foleou as páginas até encontrar a desejada. Procurou a frase que tinha lido e relido deitado em sua cama, mas ela não estava lá. Jonas limpou os olhos com as mãos e procurou novamente, mas de nada adiantou.
- Qual a frase Jonas? – A professora perguntou já sem paciência.
- Deixa pra lá professora. – Ele disse e voltou com seu livro para o seu lugar.
Sem conseguir entender o que estava acontecendo, Jonas deitou em sua cadeira e voltou seus pensamentos ao dia anterior. Ele tinha certeza que havia lido aquela frase. Tinha gravado aquela página na cabeça. Pensou nisso o resto do dia.
Ao chegar em casa a tarde foi assistir televisão um pouco. Gostava de um programa sobre tecnologia que passava todas as terças e quintas-feiras. Nesse programa falavam sobre um novo tipo de lentes oculares que eram programadas com frequências que a visão humana não conseguia decifrar. Os inventores diziam que era possível ver até mesmo criaturas místicas com elas, “Se existissem” pensou Jonas. Desligou a televisão e subiu para o seu quarto.
Jonas estava deitado em sua cama quando o telefone tocou. Joe tinha comprado o livro que a professora tinha passado para o trabalho e queria que Jonas o ajudasse, ele não sabia o que fazer. Jonas o explicou o que a professora já tinha falado tantas vezes na sala de aula e desligou o telefone. Pegou seu livro e foi estudar um pouco. Ele tinha a intenção de ler apenas um ou dois capítulos, mas quando perceber já tinha lido doze. Faltava agora apenas dez para terminar o livro. Olhou no relógio e viu que já tinha passado da hora de dormir, terminou de ler a última página do capitulo vinte e sete e no final uma surpresa.

“Você não está louco” estava escrito em uma letra diferente. Parecia ter sido escrito a mão. Jonas levantou e pegou seu celular para tirar uma foto, mas quando chegou nada havia onde as letras antes estiveram. “Estou louco sim, só pode ser.” Ele pensou. Desligou a luz e foi dormir.

sábado, 9 de agosto de 2014

Capitulo 1, Cena 1.




                Jonas seguia sem pressa para a escola. Era o primeiro dia de aula após as férias de verão, e esse seria seu último ano no ensino médio. Logo estaria na faculdade de engenharia. Sua escola não ficava muito longe de sua casa, então ia caminhando. Seu melhor amigo, Joe, morava no seu bairro e iam juntos todos os dias. Jonas tocou a campainha “Ding, dong”, e espero seu amigo descer. Joe demorou alguns minutos, e ao sair gritou: “TA BOM MÃE” e bateu a porta.
                - Minha mãe acha que tenho dez anos. – Disse Joe.
                - E ela não está certa? – Jonas disse zombando do amigo. Joe lhe deu um soco no ombro e continuaram conversando no caminho da escola.
                Chegaram faltando alguns minutos para começar a aula. Eles estudavam juntos desde o quinto ano, mas esse seria o último que ficariam juntos. Isso por que Joe iria para a faculdade direito, do outro lado do país. Ser advogado não era o que ele queria, mas fazia isso pelo seu pai que sempre o incentivava. Seu sonho era ser ator, fazer filmes de ação, aventura.
                Ao entrarem na sala Tom acenou para eles e apontou os lugares que tinha reservado. Ficava no fundo da turma, assim podiam conversar mais sem ser chamado atenção. Tom era a terceira ponta do tripé, era o mais bagunceiro. Caminharam entre as cadeiras e cumprimentavam seus colegas que estavam sentados.
Jonas não tinha visto seus amigos desde o último dia de aula, isso por que ele tinha passado as férias na casa de campo de sua avó. Ficou a maior parte do tempo lendo ou escrevendo e quase não saia. Seus pais viviam falando para ele se socializar um pouco com seus primos, mas Jonas preferia viajar no mundo da leitura.
Sentaram ao lado de Tom para aguardar seu novo professor, ou professora. Não saibam ainda quem lhes daria aula.
- Vocês demoraram hoje. – Disse Tom. – Como foram as férias?
- As minhas foram péssimas. Quase não sai de casa, e, quando sai, fui para visitar meu tio–avô no hospital. O velho teve um ataque no coração e quase morreu. – Joe falou sem demostrar empolgação.
- E você Jonas?
- Eu fui para a casa de campo dos meus avós. Não tinha internet, nem televisão. Ainda bem que levei meus livros. – Jonas contava a eles. – Meus primos ficavam no lago o dia todo, não sei nem como não derreteram lá dentro, pareciam peixes. – Jonas deu um sorriso tímido. – Teve um dia que minha prima Dora e meu tio Charlie fizeram uma competição de saltos no lago. Ela mandou muito bem, todo mundo gostou, mas o velho escorregou e caiu de barriga na água. – Seus amigos riram. – Essa nem foi a melhor parte, quando ele saiu do lago estava sem a sunga. Todo mundo lá caiu na gargalhada. – dessa vez Jonas se juntou a eles e só pararam de rir quando o diretor entrou na sala.
Todos os alunos se ajeitaram em suas cadeiras e ficaram calados. O diretor Adams era um homem baixo e gordo. Sempre usava um terno preto e uma gravata amarela. A maioria dos alunos tinha medo dele. Ele era muito sério e nunca ninguém o tinha visto dando um sorriso. Assim que todos estavam prestando atenção ele começou a falar:
- Bom dia alunos. Esse ano tivemos alguns problemas no nosso quadro de professores. O Sr. Johnson que seria o professor de vocês teve que se mudar de estado com sua família. Então quem assume o lugar dele é a Srta. Moore. Pode entrar Srta. Moore. – disse o diretor.
A porta se abriu e aquela bela mulher entrou. Todos alunos, até mesmo as garotas ficaram boquiabertos com tamanha beleza. Srta. Moore era uma mulher alta, tinha os cabelos loiros e usava um óculos pequeno e retangular. Seus olhos eram castanho claros, tinham a cor da paixão. Alguns garotos mais engraçadinhos assoviaram quando ela passou, mas o diretor levou a mão a boca fazendo um gesto de silêncio e todos se calaram novamente.
- Essa professora é muito gata. – Disse Joe quase sussurrando para seus amigos.
- Caras, estou apaixonado. – Tom falou levando a mão no coração.
- Novidade Tom, amanhã isso passa. Logo você encontra outra menina por ai e se esquece da professora, que por sinal, é muita areia pro seu caminhão né. – Joe zombou.
Jonas apenas observava.
- Então garotos, boa aula para vocês. Preciso resolver alguns problemas no primeiro ano. Srta. Moore, são todos seus agora. – O diretor terminou de dizer e saiu apressado.
Quando o diretor passou pela porta todos começaram a cochichar enquanto a professora se ajeitava em sua mesa. Ela guardou seus materiais nas gavetas e pegou um enorme livro azul que usaria para dar sua primeira aula.
- Bom dia. – Ela disse com sua voz angelical. – O diretor já me apresentou para vocês, agora quero que vocês se apresentem para mim. Começando por você. – Ela apontou para o primeiro da fileira mais próxima da janela.

Um por um, cada um falou seu nome e o que queria fazer do seu futuro. Alguns ainda inventavam algumas estórias para tomar mais tempo da aula. Jonas achou que foi demorado demais. Quando terminaram a professora pegou o livro que tinha deixado em cima de sua mesa e falou que seria o primeiro trabalho deles valendo nota. Teriam que ler o livro que falava sobre anjos e demônios. Jonas não entendeu o que aquilo teria haver com a matéria de história, afinal, ele não acreditava muito nessas coisas. Quando acabou a aula Jonas passou na biblioteca e pegou o livro emprestado. Foi embora para casa com Joe e passou a tarde lendo.  Esperava ansiosamente o próximo dia de aula.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Tema do Livro




Olá pessoal. Hoje vamos decidir a parte mais importante do livro: "O Tema". Estou recebendo sugestões aqui pelo blog e pelo instagram também. Em alguns dias eu escolherei as três melhores sugestões e colocarei para votação. Comentem a vontade. Lembrando que a melhor sugestão de cada capitulo receberá os devidos créditos no final do livro. Compartilhem a vontade, afinal, quanto mais pessoas pensando mais ideias boas virão. Vamos fazer uma excelente história juntos.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Boas Vindas

Sejam todos bem vindos ao meu mais novo blog. Tenho 22 anos e escrevo há 6 anos. Tenho bastante poemas e um livro em fase de construção. Para não deixar tempo livre resolvi criar esse blog como projeto paralelo. A intenção é publicar um livro interativo. Eu darei um tema ao livro e os capítulos serão vocês leitores que me darão as ideias. As 3 melhores ideias para cada capitulo eu colocarei para uma votação publica. Assim quem deu a ideia de cada capitulo terá seu credito devidamente colocado no livro. Ajudem a divulgar, quando eu tiver com ao menos 50 seguidores colocarei o tema para vocês. Vamos fazer dar certo!!!